EcoEra – Trend Alert: Algodão orgânico

A produção de algodão orgânico representa menos de 1% da produção mundial. A boa noticia é que cada vez mais os mercados de moda internacional e nacional vem se empenhando no aumento dessa quantidade.

Aqui no Brasil, algumas marcas saíram na frente e vem investindo em promover esse cultivo não só através de certificações, mas também estimulando a economia familiar com a colheita manual e a responsabilidade sócio-ambiental que se reverte em aumento na renda mensal das famílias que plantam o algodão sem agrotóxicos em regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil, e na preservação do solo combinando o cultivo com outros alimentos como o gergelim por exemplo.

A designer Flavia Aranha, um das finalistas do Prêmio ECOERA 2015, reconhecida pelo tingimento ecológico de suas peças, trabalha em parceria com a Natural Cotton Color, Justa Trama e com a Central Veredas na produção de  tecidos com bases de algodão orgânico como a malha , o moletom colorido e branco, as sarjas e as tricolines.

Basico.com utiliza em parte de suas peças algodão orgânico do Peru que mantém seu tom nativo, cultivado no país desde os tempos pré Incas. Além de nascer colorido naturalmente, dispensando o processo de tingimento, a colheita do algodão orgânico, feita a mão, evita que os resíduos e impurezas sejam processados durante a fiação.

Vert, marca de tênis sustentável e uma das grandes finalistas do Prêmio ECOERA 2016 , já utilizou cerca de 120 toneladas de algodão orgânico desde 2005. Suas peças são produzidas com lona feita com algodão cultivado sem insumo químico, nem agrotóxicos feita por associações de agricultores familiares do Semiárido Brasileiro, dentre elas o o PDHC (Projeto Dom Helder Câmara), Embrapa Algodão e Esplar (Centro de Pesquisa e Assessoria).

Em se tratando de grande escala a iniciativa da C&A, maior compradora mundial de algodão orgânico, segundo o ranking da Textile Exchange promete impulsionar o cultivo de forma ecológica. Em parceria com o Instituto C&A e com a Esplar, organização com sede em Fortaleza, no Ceará, vem estudando modelos de cultivo que possam estimular o aumento da produção do algodão mais sustentável. Entre seus objetivos estão  a redução das flutuações da oferta do algodão agroecológico certificado , o apoio a continuidade do cultivo e ao sistema de certificação orgânica participativa.  Além disso, o projeto inclui aspectos referente às questões de gênero com igualdade de oportunidades e priorizando a participação de mulheres.

É importante lembrar que a produção de algodão orgânico em terras certificadas, justamente por não conter substâncias químicas e tóxicas, preserva a saúde de todos envolvidos, do agricultor que planta, de quem fabrica e de quem veste, o consumidor final. Viva a ECOERA!

Casa Boa Vista
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