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Se você trabalha com criação e produção de peças sob medida, sabe o esforço que envolve toda a cadeia de produção de uma peça, não é mesmo? Acontece que o mercado de moda chamado fast fashion entrega hoje para os clientes novas peças em cada vez menos tempo. A tecnologia permitiu que as linhas de produção passassem a ser mais rápidas, mexendo não só na qualidade do que é oferecido, como também explorando de forma injusta a mão-de-obra das pessoas.

Este problema estrutural da indústria da moda causa danos irreversíveis. Um exemplo disso foi o acidente de grandes proporções que matou mais de 1.200 trabalhadores e feriu outros 2500, no dia 24 de abril de 2013, em Bangladesh, na Ásia. O trabalhadores estavam desempenhando suas funções em um prédio com condições precárias de funcionamento. Mesmo sendo avisados dos riscos de manter a produção, os donos das confecções decidiram por continuar os trabalhos, pois as peças produzidas naquele lugar já estavam destinadas para as grandes marcas de varejo e fast fashion.

O acidente de Bangladesh levantou a questão de como o consumo desenfreado e a produção em grande escala pode ser nociva para a sociedade. Assim nasceu o movimento chamado Fashion Revolution Day (traduzindo livremente em português como Dia da Revolução da Moda), que tem como principal objetivo, questionar grandes marcas sobre quais são as condições de trabalho de seus funcionários e terceirizados e também atua na conscientização das pessoas, fazendo a pergunta que já ficou famosa nas redes sociais: “Quem faz as suas roupas?”

 

E afinal, o que este movimento tem a ver com pequenas produtoras?

Além de questionar as grandes marcas quanto a produção de roupas e conscientizar as pessoas, o Fashion Revolution traz luz para as pequenas produções e de comércio justo. Pois estimula a troca entre os pequenos produtores e os consumidores finais e, claro, propõe o retorno do olhar para a moda como arte e forma de expressão. Por isso, na semana do Fashion Revolution mundial, os consumidores questionam as marcas que gostam a explicarem como funciona a cadeia produtiva usando a hashtag #quemfazsuasroupas e #fashionrevolutionday para mostrar quem são as pessoas que produzem as peças.

 

Além disso um calendário de atividades, que acontece de 23 a 29 de abril, é organizado com diversas ações feitas por voluntárias. Em Florianópolis, onde fica a sede da Casa Boa Vista, acontecerá uma semana intensa com as mais diversas atividades do movimento. Pesquise no site do movimento Fashion Revolution no Brasil para saber quais serão as atividades em sua cidade!

Que tal entrar para esta corrente que atua na valorização de quem produz peças de forma tão dedicada e ética? Faça como muitas pessoas que produzem e coloque nas suas redes sociais uma foto, usando uma plaquina que diz: “Eu faço as suas roupas” e coloque a hashtag #quemfazsuasroupas do Fashion Revolution Day no Brasil!

Casa Boa Vista
Casa Boa Vista
Com a tradição de 83 anos, a Casa Boa Vista tem como principal objetivo tornar a experiência de compra de tecidos online mais sensorial, humana e acessível a entusiastas e produtores de moda.